O Sr. Exú 7 Catacumbas, serve a linha de Obaluaê. Ou seja, ele é um guardião cósmico, que aje na força emanada(axé) do Orixá Obaluaê. (Assim como em seu primeiro elemento terra, Obaluaê, é ativo e passivo em seu segundo elemento, a água, o Sr. Exu 7 catacumbas, também tem estas características herdadas. Sua forma é esquelética(caveira), porém seu campo de atuação é maior do que do Sr. Exu Catacumba. E como todos os Srs. Exus, e Sras. Pombagiras, que são do cemitério, trazem em suas capas(exus), e em suas saias(pombagiras) os segredos dos mistérios divinos da vida e da morte, e da transição entre esses dois planos.
Atribuições
Sete Catacumbas é uma espécie de policial executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso. É um mensageiro que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo uma forma ameaçadora para fazer-se respeitar.
É um Exú e sem eles a força dos Orixás não atuaria no mundo, pois são eles os operários incansáveis. Temido por não admitir a desobediência, ele aplica castigos a quem é também guardião. Ele faz na verdade cumprir a lei de causa e efeito.
Mesmo punindo, quando se há merecimento, Mestre 7 Catacumbas cura, concede maiores facilidades em alcançar o que desejamos. É um faxineiro do astral, porque purifica os ambientes e pessoas desmanchando todo tipo de magia negra. É comum ver sua legião preocupadas em alertar contra males, jamais trabalhando contra a lei divina do amor
• O mundo de Sete Catacumbas
Há vários equívocos envolvendo Exús e Pomba-giras. Alguns deles referem-se às suas funções como foi falado em outras postagens. Mas também se faz muita confusão a respeito de nomes, faixas de vibração ou melhor, domínio onde encontramos a energia de vibração para entrarmos em contato com certas entidades.
Algumas vezes vamos a um determinado centro ou terreiro no qual nos dizem que nosso guia, caboclo, mentor ou Exú possui tal ou tal nome. Mais tarde ao sermos atendidos em outro terreiro nos dão um nome diferente do primeiro.
Vamos tentar tirar a dúvida do por que disto acontecer com tanta freqüência. Para isso é preciso entender que os Exús não são obrigados a conhecerem todos entre si. Pois possuem funções semelhantes dentro do plano espiritual. Mas como em uma grande empresa não há como conhecer todos os colegas de diversos setores e funções.
Eles são trabalhadores das faixas umbralinas e de regiões que se localizam entre o mundo material e espiritual. Podendo cada um ter passagem livre para qualquer uma das faixas de vibração menos densa que a sua. Mas podendo exercer toda força da sua energia somente dentro do campo ao qual está designado a trabalhar.
Podemos citar algumas dessas faixas para facilitar o entendimento, mas isso não vai traduzir na integra a grandiosidade e a complexidade dessa região do plano astral. No primeiro plano teríamos os Exús Ciganos, de Rua,Encruzilhadas e Exús das Matas, que são verdadeiros pára-médicos socorristas, são eles que dão os primeiros socorros ou ficam de prontidão observando desencarnados errantes, enquanto cumprem ao mesmo tempo o trabalho de senhores do sofrimento cármico de acordo com o merecimento de cada um. São eles que assustam e amedrontam, tornando o estágio errante ainda mais aterrorizador, daí sua aparência séria e sua conduta às vezes até mesmo algoz.
Por outro lado auxiliam ao perceberem o real arrependimento e desejo de melhorar-se. Costumo dizer que quem vai trabalhar com estudantes leva livros, quem vai trabalhar com doentes leva remédios, mas quem vai
trabalhar com bandidos vai armado. Se os Exús cumprindo sua função espiritual tentassem aplicar as lições que só o sofrimento ensina com uma aparência menos austera do que aquelas que usam, seriam como uma professora que não impõe respeito, disciplina e energia a alunos levados. Sendo assim não poderiam apresentar-se de forma diferente. Tudo isso é uma espécie de uniforme de trabalho. Se partirmos do principio de que nenhum deles exerce a função no lugar onde habitam por obrigação, mas sim por vontade e pelo simples desejo de auxiliar nosso desenvolvimento espiritual, compreenderemos o grande amor que cada um possui dentro de si.
Assim como temos os Exús Ciganos, de Rua, Exús das matas e tantos outros que vibram dentro de uma freqüência que se localiza em pontos de energia entre o nosso mundo material e o mundo espiritual como num duplo etérico do nosso planeta, temos também os Exús de almas, cemitério ou Calunga, o que é o caso do Exú Caveira, Maria Padilha das Sete Catacumbas, Maria Molambo, Maria Quitéria, Exú Sete Catacumbas, Sete Liras (Lúcifer) e tantos outros. A função dos Exús de almas é vibrar com uma freqüência tão densa que podem ir e vir das áreas mais profundas das zonas umbralinas. Enquanto os Exús de rua vibram em áreas localizadas em regiões mais próximas a nós, socorrendo os desencarnados errantes.
Os Exús de almas mantêm espíritos de vibrações primitivas, presos a seus carmas umbralinos enquanto isso for necessário para seu aprendizado.
Todos os Exús são onipresentes, ou seja, podem fazer-se presentes em um local e através do pensamento ir e vir e também fazerem-se sentidos e ouvidos em outros lugares ao mesmo tempo.
Aqui é importante ressaltar que Exús de Rua vibram numa freqüência que varia da sua faixa de vibração até nosso universo material, enquanto que os Exús da entrada umbralina relaciona-se ao portão da Calunga ou cemitério, aos quais chamamos aqui de Falange das Caveiras. Eles podem vibrar das primeiras faixas densas do Umbral onde habitam até nosso universo material, no entanto não adentram as faixas mais densas as quais pertencem aos Exús das faixas mais profundas.
Se pudéssemos comparar o Umbral a um edifício subterrâneo de nove imensos andares, Sete Catacumbas estaria trabalhando em uma freqüência localizada no terceiro andar de baixo para cima, ficando as outras duas últimas sobre a guarnição das falanges de Lúcifer (Exú 7 Liras) e Omolu (muito confundido com o Xapanã do Batuque e Obaluaiê do Candomblé). Estes possuem livre passagem em todas as faixas e assim chegam a nós.
Daí a confusão muitas vezes criada onde certa entidade erra o nome do Exú de alguém. Um Exú de Rua teria perfeitas condições de reconhecer outro Exú da mesma faixa sem margens de erros.
Mas no momento que tentar identificar um Exú que vibra em uma região inferior apenas acertaria o povo, Calunga por exemplo, mas dificilmente conseguiria identificar com exatidão nome da falange que ele representa. Pois não tem um contato direto com ela, a não ser que esta esteja já em um estágio de afinidade e com o médium já desenvolvido.